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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

D'Um negócio à antiga como me ensinaram

Hoje parece que tudo é difícil. Quando oiço os pais falar fico com a sensação de que antigamente, p'los 70 e 80s, era possível transformar qualquer coisa em dinheiro liquído. Apesar de pouco. Foi com essa ideia na cabeça que, com a Lurdes, companheira de jornada do Inov, tivemos a brilhante ideia de montar uma barraca de cerveja no Nazo. A festa do Nazo é aquela porque todos os Mirandeses, Sandinenses e malta das redondezas espera. É a festa das festas das Terras de Miranda. A 14 kms de Miranda logo a seguir à Especiosa, está a Nossa Sra. do Nazo. Vai de falar com os fornecedores, acertar o aluguer da barraquinha da Super Bock, fazer pipocas e juntar amendoins para que os pratos não voassem com o vento, e transportar 2 mesas e 8 cadeiras, que os clientes, a esses queriamos dar condições para apreciar a bela cevada fermentada. Está feito. Foram umas "férias" bem planeadas, 5 dias de muito trabalho, 2 mulheres e um negócio. E um nome: L Barracon Oufecial (mirandês para a barraca oficial). O lugar da barraca não era o mais previlegiado, ao lado do palco, bem lutamos por um melhor mas já estavam todos prometidos aos barraqueiros assíduos. Mas o que parecia um ponto fraco revelou-se uma Oportunidade! Por aí perto, ao lado do 2º palco, instalaram-se os ciganos. O meu convivio com a raça cigana era nulo, até então, e o pouco que sabia eram as histórias sórdidas de amizade ao alheio. Não posso negar uma apreensão inicial, um certo medo e um olhar redobrado à caixinha do dinheiro. Perante a contrariedade, achamos que um tratamento distante mas simpático seria o ideal. Correu bem. Além de trazer uns trocos, os ciganos devolviam-nos a cordialidade que ofereciamos. Longas teorias desenvolvi durante esses 5 dias sobre a forma como encaram a família, o dinheiro, as crianças... Grande lição de abate ao pré conceito! Os barraqueiros contíguos eram nossos clientes assíduos, de raro lhes parecer o nosso projecto! E acabava-mos as noites, depois do L Barracon fechar, nas elaboradas barracas a comer belas tapas e cavacar com as maltas jovens de Miranda! Afinal eles viam naquilo (de abrir uma barraca na festa) o mesmo que nós - uma forma de convidar os amigos para uma cerveja sem ter que a, necessariamente, pagar! L Barracon Oufecial aqui e aqui.

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