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domingo, 16 de agosto de 2009

Do dia em que Deus criou o homem

E ao sétimo descansou... O Domingo é aquele dia em que não apetece fazer nadinha. É que nadinha. Não que o tenha em grande consideração como dia da semana... Como tenho que viver todos, vivo todos, apesar de gostar um bocadinho menos da Segunda. Talvez por ser a seguir ao Domingo. Em que não apetece fazer nadinha. A Terça é dia de acção, sem pensamento. Talvez por ser a seguir à segunda que é a seguir ao Domingo. A Quarta é o princípio, apesar de ser o meio. É o dia em que de tão ao centro ser, faz pensar no Domingo, na Segunda, nos outros todos... Na Quinta há que produzir mas com a alegria do Domingo que aí vem. Na Sexta, fecha-se um ciclo. Um ciclo de mentira... Em que a Segunda é afinal primeira, a Terça é afinal segunda, a Quarta, terceira e por aí fora... E o Sábado? Dia de toda a expectativa! Dia contraditório de tão grande ser... de pôr o lenço na cabeça, a casa num brinco e de pôr a melhor farda de lantejoulas e de mostrar ao mundo que o que se fez de Segunda a Sexta, que afinal era de Primeira a Quinta, valeu a pena! Pela liberdade de poder passar o lenço e de decidir se a melhor farda vai ter lantejoulas ou não. De tão grande, se torna tão pequeno, o Sábado! E depois o Domingo... E, podia tudo isto ser verdade, não fosse a minha origem desmenti-lo. Que primeiro a obrigação, só depois a devoção. Que nenhuma tarefa tem hora destinada, apesar de admitir que algumas dão mais jeito fazer a certas horas e em certos dias. Que o trabalho é para ser muito! E dividido por sete dá mais... Daí que, Segundas a Domingos que goste mesmo, são aqueles em que estou de férias.

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