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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Do elogio e da loucura

"Sem liberdade de criticar, não existe elogio sincero." (Pierre Beaumarchais)

Voltando à infância. Uma rotina mais ou menos semanal que tinha era ir com o meu pai levar a mãe ao trabalho e passar pela papelaria Contraste, onde o meu pai comprava o Comércio do Porto e eu Uma Aventura. Depois ficava no carro até ao meio dia ou até que a aventura acabasse. Era tal o prazer que retirava daquelas letras que um dia resolvi enviar uma carta à Isabel Alçada e à Ana Maria Magalhães. Foi por ventura o primeiro elogio que fiz. Não falo do elogio social, do que fica bem. Falo do reconhecimento de que alguma coisa que nos dá prazer deve ser frontalmente reconhecida. Não na perspectiva ingénua de que esse elogio possa mudar alguma coisa mas para dizer que eu que estou aqui sou o teu público, eu gosto do que fazes! E ir directo à questão e à pessoa. Ultimamente elogiei a Joana Vasconcelos pela sua obra, os criadores das 7 maravilhas dos Portugueses no mundo, os criadores da La.Ga bag... todos portugueses, todos criativos, todos originais... O elogio é uma prática que aconselho. Despretencioso. Com ou sem crítica. A título de incentivo aos mais cépticos devo dizer - o elogio tem sempre resposta.
Quanto àqueles com quem tenho o privilégio de privar a história é outra. A palavra falada não é o meu cup of tea...! Mil desculpas e a promessa prometida de lhes criticar (frontalmente) os defeitos por lhes não ignorar as qualidades...
Um elogio aqui.

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