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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Do Sócrates e dos povos que não lavam no rio

Há dias Sócrates alinhou na blogconf e foi responder a 20 bloguistas nacionais. Uma das suas teorias deixou-me indignada pela proximidade aos factos... A Tomás Belchior da Ruadireita filosofava Sócrates, com um ar de gozo incrível, sobre a Irlanda e a sua situação de contas públicas arrasadoras (e nós que a tínhamos em tanto respeito!) e sobre as medidas aplicadas pelo governo. Indagava Sócrates: "Como é que um Governo, perante a situação actual, chega à Câmara dos deputados para rectificar o Orçamento com duas medidas, e únicas, apenas: aumentar os impostos aos trabalhadores e diminuir os salários dos funcionários público? É obra.." Ora, pergunto-me, como é possível? E respondo. Que isso se consegue (não sem oposição política) quando se governa um povo que não faz da crítica gratuíta modo de vida, que confia no outro (nos políticos) como se o mundo fosse mesmo uma "aldeia" (que os vendedores de biblias ainda não descobriram) e, um povo ciente que os seus bolsos recentemente recheados de euros iam um dia romper com o peso... Também, qual era a alternativa? Se o Governo mexe-se com as empresas, maioritariamente investimento estrangeiro que se aproveita da única vantagem competitiva do país (baixos impostos) elas davam todas ao slide! Posta esta mescla e com os olhos postos nos países do Norte, onde a confiança e a apatia política abundam, fico com dúvidas. E penso que importa perguntar: Governa melhor um Governo que sabe governar ou um Governo que governa um povo que se deixa governar?

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