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sábado, 25 de julho de 2009

Do voyeurismo da janela grande à leitura do Harry Potter

Ter uma janela grande bem no centro de uma qualquer cidade é indiscutivelmente Grand! É estar em casa pensando que estou na rua e por isso não ter que sair por dá cá aquela palha, "apetece-me ver pessoas"! Longe vão os tempos em que, na Covilhã, ir ao centro era um acontecimento para durar longas horas, bastantes delas sentadas num banco de jardim a ver pessoas! Ah quotidiano que as matas! Num acto de beleza, certamente. A beleza da dinâmica quotidiana.
É, ainda assim, assistir a uma peça de teatro de dentro de casa. Onde os actores não sabem a fronteira entre a sua vida e o palco e onde a quarta parede sou eu.
É de sobremaneira bonito, ver como se pára na passadeira até instruções contrárias do bonequinho verde! Não vamos olhar, nem ver, nem pensar que a rua até está deserta em carros! Esperemos, antes pelas ordens dos bonequinhos verde e vermelho, à Portugal!
E não dissertarei aqui desse rectângulo, de longe que está da minha janela grande!
É também de ressaltar a indiferença com que as pessoas se cruzam da vista da janela grande. Podia aqui alinhar na perspectiva mediática de que a indiferença é má. Nas épocas em que a falta de mediatismo nos enche os olhos de notícias vagas e veraneias.
Mas não. Gosto dessa indiferença. Tal como de ouvir a Amália e ler o Harry Potter em frente à janela grande! É pena que as calças não possam vir ter a casa? Será que posso comprar online?

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