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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Das outras caixinhas de surpresas

Bruxelas é outra loiça. É inevitável a comparação com Amsterdam pela proximidade temporal da visita e pela proximidade geográfica. Chegamos, sem guia às seis da tarde de quarta feira e a primeira impressão foi a de uma cidade extremamente comercial. A partir daí foi sempre olhar para o lado e encontrar uma surpresa! Começou à chegada. Se nos indagavamos se a prostituição é legal aí, a resposta chegou ainda nos subúrbios. Do comboio vimos uma "red light" diurna, com as Marias a dançar em portas viradas para a linha de comboio. Talvez por ser de dia, a arte pareceu não ter metade do feeling de Amsterdam. Saímos na estação central. Nos primeiros minutos fomos dar à Gros Markt, em Flamengo, Grand Place, em Francês. Mais umas voltas, ida ao hostal, voltamos aí. As 9.30, depois de tropeçar numa ruazela com o Manneken Pis, voltamos à praça. Em caminho para outras paragens começamos a ouvir uma música clássica altíssima, voltamos à praça.
Era um espectáculo de projecção, luz e música no símbolo central da praça, o Hotel de Ville. Centenas de pessoas sentadas e deitadas no paralelo a desfrutar de 6 minutos de ebriedade auditiva e visual... Como é daquelas cidades onde os autocarros são indecifráveis, o metro foi o transporte de eleição. E, que boa escolha. Algumas das linhas tinham umas estações do outro mundo. Estéticas bem arrojadas. Uma delas, por exemplo, umas estátuas que pareciam mortos (imagino estar sozinha à espera do metro naquela estação!). Noutra encontramos um mural de azulejo do Júlio Pomar ilustrando Pessoa e outros riscos. O atomium, que queria conhecer desde miúda, é também ele do outro mundo. Um átomo aumentado 165 biliões de vezes. É uma escala que, mesmo diante dele, custa percepcionar. Contra todos os conselhos, entramos. De facto não é que tenha muito que ver, mas é preciso entrar para se perceber a sua dimensão! Cada "bola" são 3 andares altos e no "tubo" central que parece ter meio metro de diâmetro quando apreciado por fora, está um elevador onde cabem 20 pessoas! Além da quantidade de arte nova e dos tropeções em edificios e museus de fazer inveja a qualquer cidade, do que mais gostei foi da gente, e da forma como voluntariamente oferecia ajuda e simpatia a quem via procurar. Acabei por comprar o guia, não queria perder pitada. Não teria sido necessário já que Bruxelas se revelou bem por sí, sem a ajuda do menú turístico.

2 comentários:

  1. E o Maneke Pis, nao é uma roubada? É um mitrita do caraças pa! ;) Curiosamente, vcs sao capazes de ter estado na Grand Palce no mesmo dia que o TZL. Ele foi numa viagem de dois dias de trabalho e falou das mesmas festividades... Small world, ha?

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  2. Sim, Sr. Taxista. O "menino que mija" de qualquer jardim português ganha à bulha (de bullying?) com aquele! Eu fiquei com a ideia que o tal espectáculo deve acontecer todos os dias em pelo menos alguns meses. Havia bastante gente, inclusivé turistas, a chegar à praça e estacionar como quem espera algo esperado...
    E tu como tás, mais o TZL? Manda mail à malta!

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